O Programa Bolsa Família chega a uma em cada cinco residências brasileiras. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam ainda que o total de domicílios com algum beneficiário subiu para 19% em 2023.

O número representa um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando registrou 16,9%. Em comparação a 2019, no patamar pré-pandemia, o crescimento foi de 4,7 pontos percentuais. Naquele ano, o número de domicílios com beneficiários do programa era de 14,3%.

No ano passado, o Bolsa Família foi reintroduzido para substituir o Auxílio Brasil, que foi criado durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. O programa continuou com o valor mínimo de R$ 600 e um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. Em junho do ano passado, foram incluídos benefícios adicionais, como um acréscimo de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos, além do valor per capita de R$ 142.

Dados demográficos

Segundo o levantamento do IBGE, o aumento no número de beneficiários foi notado em todas as regiões do país. Os maiores percentuais, no entanto, foram computados no Nordeste (33,8%) e Norte  (31,7%). Em seguida, apareceram Centro Oeste (12,8%), Sudeste (11,5%) e, por último, Sul (7,9%).

Rendimento mensal per capita

Segundo o levantamento, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4% (de 446 para 635) entre 2019 e 2023. Já entre aqueles que não recebiam o benefício, a variação ficou em 8,6% (de R$ 2.051 para R$ 2.227).