CBF vai acatar clubes sobre paralisação, mas alerta impactos da decisão no calendário e na economia do futebol
Afirmação foi feita pelo presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues
Foto: Lucas Figueiredo/Divulgação/CBF
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que "vai acatar a decisão dos clubes" sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro, mas esclareceu que vai alertá-los sobre os impactos da decisão no calendário e na economia do futebol. A declaração foi feita ao ge.
Essa foi a primeira vez que o dirigente se manifestou desde que 11 clubes pediram a interrupção do torneio. As decisões serão tomadas pelo Conselho Técnico convocado para o dia 27 de maio.
"Temos um calendário difícil, e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil", declarou Ednaldo ao ge, em Bangkok, na Tailândia, onde está para participar do Congresso da Fifa.
"Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes", explicou.
Questionado se a CBF está preparando algum programa de ajuda aos clubes do sul, Ednaldo confirmou e disse que está dando resultado. "Logo quando iniciou toda aquela catástrofe no Rio Grande do Sul, a CBF procurou unir clubes, federações, atletas das seleções feminina e masculina, para não apenas sermos solidários, mas também buscar contribuir para amenizar o sofrimento das pessoas, das vítimas. Fizemos e está dando resultado. Nessa reunião [com os clubes] nós temos que não só falar de calendário, mas também que todos os clubes e todos os Estados possam dar uma contribuição. O Ministro do Esporte [André Fufuca], que também solicitou que houvesse a paralisação... Esperamos que possa haver alguma iniciativa do Ministério, para que coloque recursos que possam amenizar a vida dos entes queridos. E também das reformas de que carecem, de imediato, os estádios do Rio Grande do Sul", destacou.