Conforme denunciado pelo Farol da Bahia, colunista da Globo repercute caso de falso padre
Denúncia foi feita pelo Farol no ano passado e ganhou notoriedade na Coluna de Malu Gaspar, no Globo, nesta sexta-feira,19
Conforme denunciado pelo Farol da Bahia no ano passado, a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, repercutiu nesta sexta-feira (19) o caso do falso padre Kelmon Luís da Silva Souza, de 45 anos. Embora se intitule como ortodoxo, o baiano nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil. E, apesar de sustentar um histórico infundado nessas instituições religiosas, ele foi escolhido por Roberto Jefferson (PTB) para ser candidato a vice-presidente em sua chapa.
De acordo com a coluna, Kelmon ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso “bélico” contra a esquerda. Além de celebrar missas e batismos na Bahia, ele tem fortes ligações com assuntos políticos. Em junho de 2002, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). A coluna aponta, no entanto, que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seu vínculo foi extinto em 2009.
Além disso, o suposto religioso já foi recebido pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Dom Orani Tempesta, participou de convocações para os atos de 7 de setembro do ano passado na condição de religioso e recebeu um desagravo da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais.
Desde que foi publicada a denúncia sobre sua falsa identidade religiosa, Kelmon ameaçou a jornalista do Farol da Bahia, disse que ia entrar com um processo contra o jornal e depois nunca mais procurou o veículo para se pronunciar sobre o caso. Até o momento, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) também não comentou sobre o assunto.
Prisão domiciliar
O ex-deputado Roberto Jefferson apresentou, na última sexta-feira (12), registro de candidatura à Presidência da República no TSE. Apesar de estar cumprindo prisão domiciliar e respondendo ao inquérito dos atos contra a democracia no Supremo Tribunal Federal (STF), ele declarou à Justiça Eleitoral lista de bens avaliados em R$ 745 mil, valor investido em aplicações financeiras.
Já Kelmon declarou R$ 8,5 mil aplicados em caderneta de poupança. Na proposta de governo enviada ao TSE, a chapa defende a liberdade como princípio.
