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CPMI pede inclusão de hacker Walter Delgatti em programa de proteção a testemunhas

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CPMI pede inclusão de hacker Walter Delgatti em programa de proteção a testemunhas

Delgatti prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro e admitiu ter se reunido com Bolsonaro para tratar de urnas eletrônicas

Por Da Redação
CPMI pede inclusão de hacker Walter Delgatti em programa de proteção a testemunhas
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Oliveira Maia (União-BA) enviou um pedido de inclusão de Walter Delgatti no programa de proteção à testemunha. A solicitação será enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e aos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos.

O programa atende testemunhas de crimes que “estejam coagidas ou expostas a grave ameaça em razão de colaborarem com a investigação”. Caso passasse a integrá-lo, o hacker teria direito a andar com escola armada, por exemplo.

Na CPMI, Walter Delgatti compareceu como testemunha, após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal que investigava a invasão dos sistemas judiciais. Ele encontra-se detido por duas semanas sob ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a sessão desta quinta-feira (17), o hacker alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria condicionado um possível indulto à sua confissão de ser o autor de um alegado grampo telefônico, contendo "conversas comprometedoras" de Alexandre de Moraes.

De acordo com as declarações de Delgatti, Bolsonaro teria afirmado que esse grampo tinha sido realizado por "agentes de uma nação estrangeira". Além disso, o ex-presidente teria garantido que tomaria medidas para prender qualquer juiz que ousasse ordenar a detenção do próprio hacker.

Conforme o relato apresentado, Bolsonaro assegurou que esse suposto grampo desencadearia uma série de ações legais contra Moraes e, de forma adicional, forneceria justificativa para a adoção de um sistema de votação impressa nas eleições.

No decorrer de seu depoimento, Delgatti também disse que o marqueteiro da campanha de Jair Bolsonaro solicitou a sua ajuda para criar um "código-fonte falso", destinado a realçar possíveis vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.

Delgatti Neto encontra-se detido desde o começo do mês de agosto, após ter sido alvo de uma ação da Polícia Federal que apurava a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A invasão tinha o intuito de inserir um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2019, Delgatti ganhou notoriedade por ter divulgado mensagens pertencentes ao então Ministro da Justiça, Sergio Moro, assim como a membros da Operação Lava Jato e outras figuras de autoridade.

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