Marcelo Cordeiro

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Lula não é apenas um apedeuta. É a mediocridade em pessoa, uma alma penada, destituída de senso crítico, um ventríloquo demente, que reúne palavras e as repete mecanicamente, em tom professoral, certo que acabou de revelar um segredo de polichinelo, tão grande na sua megalomania que o mundo inteiro ruirá de pavor.

Acabou de protagonizar na Etiópia uma cena dantesca, caricata, grotesca. Ele qualifica a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas como a repetição do holocausto, a que o povo judeu foi submetido pelos nazistas durante a última guerra mundial, cuja descrição é conhecida por todos, inclusive por Lula.

É que Lula concebe o holocausto com a mesma régua moral com que encara a guerra de Israel contra um grupo terrorista.

Lula propaga a infâmia porque sabe a dimensão miserável de suas palavras, quão fundo será a reverberação na consciência humana, não só para a memória daqueles que morreram nas câmaras de gás, como entre os que sobreviveram.

Em outras circunstâncias históricas, Hanna Arendt, qualificou de banalidade do mal, a fria justificativa de Aldolfo Eichmann, durante seu julgamento em Jerusalém, quando o oficial nazista da SS afirmou em sua defesa que apenas cumpria ordens, realizando o transporte de milhões de seres humanos para o derradeiro destino: os fornos crematórios.

O mal se torna banal no instante que valores éticos e morais são aniquilados e relativizados, e o holocausto se converte em um confronto de dois exércitos, o que em realidade a solução final concebida por Hitler foi o assassinato de milhões de judeus, o extermínio de um povo. 

Lula assim procedeu para magnificar valores ideológicos do seu partido, fortalecer suas alianças internacionais e seu projeto de poder, não importa o absurdo do seu discurso político. 

A impossibilidade congênita de construir noções éticas, transforma indivíduos como Lula em sonâmbulos morais a serviço de uma causa e seu protagonismo não se coaduna com a repugnância que a humanidade confere ao holocausto.

Em George Orwell, no seu livro 1984, o autor inglês desenvolve uma narrativa na qual o indivíduo executa políticas de dominação isentas de quaisquer considerações de ordem moral e tudo é permitido na medida que reproduza a ética totalitária do poder.

Ficará indelével, contudo, na memória dos cidadãos em qualquer parte do Planeta que esta visão de mundo, capaz de dar vida a esses acontecimentos inauditos da História, urdidos nas sombrias conferencias nazistas, por mais que sejam cultuados, não encontrarão guarida nos atuais padrões civilizatórios do mundo ocidental.


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