1º lote da Coronavac chegam ao país em novembro, diz Doria

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta segunda-feira (9), durante uma coletiva de imprensa no Instituto Butantan, que as primeiras doses da Coronavac, vacina contra a Covid19, doença causada pelo novo coronavírus, chegam ao país no dia 20 de novembro. O imunizante é desenvolvido a partir da parceria entre o governo do estado de São Paulo e o laboratório chinês, Sinovac.

As primeiras 120 mil doses chegam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das autoridades sanitárias chinesas. Até 30 de dezembro, a previsão é de que cheguem ao estado 6 milhões de vacinas.

Contudo, Doria afirmou que o estado irá guardar a autorização da Anvisa para a aplicação da vacina. "Só será será levada ao público após a autorização", disse. De acordo com o governo de São Paulo, o imunizante será transportado em bolsas de 200 litros dispostas em containers refrigerados, já que a Coronavac não necessita de temperaturas negativas para seu armazenamento.

Até dezembro de 2020, o Instituto Butantan prevê receber 46 milhões de doses da Coronavac, sendo 6 milhões de doses da vacina prontas para aplicação e outras 40 milhões que serão formuladas na fábrica do Instituto. Outras 15 milhões de doses devem chegar até fevereiro de 2021.

"Anunciamos que se houvesse uma manifestação clara do Ministério da Saúde poderíamos entregar até maio 100 milhões de doses. Isso está dentro do acordado com a Sinovac", afirma Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Fábrica

Ainda durante a entrevista, o governador anunciou o início da obras para a construção da primeira  fábrica da América Latina da vacina Coronavac, desenvolvida em uma parceria entre o governo do estado de São Paulo e o laboratório chinês, Sinovac. As obras começaram no dia 2 de novembro em uma instalação que já existia no Instituto Butantan. O término das obras deverá ocorrer em setembro de 2021.

O custo estimado com as obras é de R$ 160 milhões. Segundo o governo, foram arrecadados até o momento R$ 130 milhões com doações de 24 empresas de setores da economia. "A fábrica está sendo financiada 100% por empresas privadas porque precisávamos de agilidade, em 30 dias fomos capazes de movimentar o setor privado para esse projeto", afirma Wilson Melo, presidente da InvestSP.