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16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar amplia participação de comunidades indígenas e quilombolas

Evento está sendo realizado no Parque Costa Azul, em Salvador

Por Da Redação
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16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar amplia participação de comunidades indígenas e quilombolas

Foto: Divulgação/Adriel Francisco

A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária ampliou a presença de comunidades indígenas e quilombolas e reforçou a valorização das economias tradicionais na Bahia. O evento registrou aumento no número de estandes e maior diversidade territorial, além de dar destaque a trajetórias de transformação social protagonizadas por mulheres artesãs.

A Feira está sendo realizada até domingo (14) no Parque Costa Azul, em Salvador, com entrada gratuita.  O evento conta com música ao vivo, gastronomia, artesanato e celebração das identidades territoriais. 

Tenda Quilombola

Nesta edição, a feira contou com 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades dos municípios de Camaçari, Salvador, Simões Filho, Ruy Barbosa, Santa Teresinha, Coração de Maria e Entre Rios, abrangendo cinco Territórios de Identidade: Sisal, RMS, Piemonte do Paraguaçu, Portal do Sertão e Litoral Norte e Agreste Baiano.

A artesã Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, conhecida como Quilombo de Mãe Bernadete, celebrou mais um ano de bons resultados nas vendas. Integrante da Associação de Artesanato Raízes do Quilombo, formada por 34 artesãs e um artesão, ela participa da feira desde as primeiras edições. Segundo Claudineia, os produtos são confeccionados com matérias-primas como piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre.

O artesanato ganhou força na comunidade a partir do ano 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação com foco na piaçava. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres do grupo. Aperfeiçoamos a técnica e hoje já estamos exportando para a França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos comercializados estão mandalas, biojoias, bolsas, cerâmicas trabalhadas com piaçava. 

Tenda Indígena

A Tenda Indígena também registrou ampliação. A artesã Ana Melo, do povo Kaimbé de Massacará, em Euclides da Cunha, participou pela primeira vez do evento. Ela apresentou colares, pulseiras e cestas produzidos com materiais do próprio território, como imbé da palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora e pau-brasil. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. A expectativa é de boas vendas e quero participar sempre”, afirma. 

Neste ano, a feira reuniu representantes indígenas de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade da Bahia: Semiárido Nordeste II, Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo, Extremo Sul, Itaparica, Litoral Sul, Oeste Baiano e Chapada Diamantina.

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a crescente participação das comunidades indígenas e quilombolas demonstra o avanço das políticas públicas de fortalecimento das economias comunitárias, da cultura tradicional e da inclusão produtiva no estado da Bahia. "Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir que tenham cada vez mais oportunidades, apoio e visibilidade", disse.
 

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