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488 jornalistas estão presos no mundo e 46 foram mortos, diz relatório

México e Afeganistão seguem como os países mais perigosos para exercer a profissão, informa 'Repórteres Sem Fronteiras (RSF)'

Por Da Redação
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488 jornalistas estão presos no mundo e 46 foram mortos, diz relatório

Foto: Reprodução/ Guilherme Mazui/G1

O relatório anual do “Repórteres Sem Fronteiras (RSF)”, publicado nesta quinta-feira (16) aponta que 488 jornalistas estão presos no mundo, neste ano. Esse número significa um aumento de 20% em relação ao ano passado.

México e Afeganistão seguem no topo da lista dos países onde é mais perigoso exercer a profissão, informa o relatório. “Nunca, desde a criação do balanço anual da RSF, em 1995, o número de jornalistas presos foi tão alto”, diz o comunicado da organização, com sede em Paris.

Entre os 488 jornalistas detidos pelo mundo, 60 são mulheres, afirma a RSF, outro recorde. E além dos jornalistas oficialmente presos, outros 65 foram sequestrados. 

Já o número de jornalistas mortos caiu em 2021, para 46 casos (até 1º de dezembro). O quantitativo se deve, em grande parte, ao fim parcial dos conflitos armados na Síria, Iraque, Afeganistão e Iêmen.

Trinta jornalistas foram assassinados, sete deles no México, o país mais perigoso pelo terceiro ano consecutivo, que registrou repórteres assassinados nos últimos cinco anos. “Alimentada por uma impunidade quase total, e na ausência de reformas corajosas por sucessivos governos (...), a espiral de violência parece não ter fim”, denuncia o relatório.

No Afeganistão, seis jornalistas foram mortos, durante 2021, em ataques e bombardeios. O país asiático, dilacerado por décadas de violência, registra o mesmo número de mortes que o México nos últimos cinco anos, 47.

Repressão

O crescimento de 20% de jornalistas presos, neste ano, se deve, particularmente, à repressão à liberdade de reportar em três países: Birmânia, onde uma junta militar tomou o poder em fevereiro; Bielorrússia (ou Belarus), que experimentou uma polêmica reeleição presidencial em agosto; e China, cujo regime comunista assumiu o controle total de Hong Kong.

Um tribunal da ex-colônia britânica ordenou na quarta-feira (15) a liquidação da empresa proprietária do jornal Apple Daly, um jornal pró-democracia. O Apple Daily fechou este ano depois que seus ativos foram congelados sob uma lei de segurança nacional que a China impôs a Hong Kong para abafar a dissidência.

Se comparado com 2020, o número de informantes encarceradas aumentou em um terço. Destaca-se o caso de Zhang Zhan, jornalista chinês, em estado crítico.

Na Bielorrússia, mais mulheres (17) do que homens (15) foram presas este ano, incluindo Daria Chultsova e Katsiarina Andreyeva, condenadas a dois anos em uma colônia penal, por terem transmitido uma manifestação não autorizada ao vivo em uma estação de televisão.

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