65% dos inadimplentes dizem que situação financeira impacta diretamente no trabalho
Pesquisa da Serasa mosta sentimentos em relação ao futuro profissional dos brasileiros

Foto: Agência Brasil
Um levantamento da Serasa Experian, mostra os diferentes sentimentos em relação ao futuro profissional dos brasileiros que negociaram suas dívidas no último Feirão Limpa Nome, realizado em março, e os inadimplentes. Segundo os dados, 65% dos inadimplentes concordam que a situação financeira impacta diretamente na sua vida profissional.
"Aproveitamos o Dia do Trabalhador para mostrar como a saúde financeira impacta na vida profissional, seja no crescimento individual como na produtividade. É muito importante que a educação financeira seja uma pauta constante, mas também que esteja na agenda das empresas e empregadores em ações que auxiliem a vida financeira dos brasileiros", disse a especialista em educação financeira da Serasa, Patricia Camillo.
Para o grupo de pessoas em situação de negativação, a palavra 'superação’ foi a mais apontada (39%), enquanto o grupo que conseguiu renegociar dívidas elegeu o termo 'motivação' (38%). "Esses sentimentos são muito simbólicos para nós, porque mostram que, quando a pessoa tem a oportunidade de quitar dívidas, voltar a ter acesso ao crédito, ter respiro financeiro, elas se sentem motivadas a voltar a sonhar e fazer planos, sejam eles pessoais ou profissionais, muitas vezes com mais consciência do que antes", explica Patrícia.
Entre os aspectos que as dificuldades financeiras mais impactaram na vida profissional, está o aumento do estresse no ambiente de trabalho (19%) e a redução de oportunidades de crescimento profissional (17%), os quais foram unânimes entre os dois públicos. Um segundo ponto apontado pelos inadimplentes foi o sentimento de medo constante de perder o emprego (13%).
O levantamento trouxe também um dado preocupante sobre informalidade: 76% dos entrevistados precisaram recorrer a um trabalho extra, os chamados "bicos", para complementar a renda. Mesmo com o alto nível de desemprego, de acordo com a pesquisa, o brasileiro segue otimista sobre o futuro profissional: 49% dos consumidores disseram estar esperançosos e têm melhores perspectivas em relação ao mercado de trabalho.