A cada 100 mães na Bahia, uma delas tinha menos de 14 anos em 2020

Levantamento foi realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

Por Da Redação
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A cada 100 mães na Bahia, uma delas tinha menos de 14 anos em 2020

Foto: divulgação/Fiocruz

Um estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) aponta que as Mulheres em Idade Fértil (MIF), de 10 a 49 anos, representam uma parcela significativa da população feminina e da população total. De acordo com o levantamento, de cada 100 mães na Bahia, uma delas tinha menos de 14 anos em 2020. 

No ano passado, segundo a SEI, foram registradas 4,8 milhões de MIF na Bahia. Esse contingente representava 62,2% da população de mulheres e 32,4% da população total do estado da Bahia. Além da participação significativa na composição populacional, em 2019, pouco mais de 197 mil mulheres se tornaram mães na Bahia. Esse número representava uma redução de 3,9% em comparação ao ano de 2018, quando, aproximadamente, 205 mil mulheres se tornaram mães na Bahia.

Do total de partos em 2019, as cesarianas ocorreram em quase metade dos casos: 46,1%. E entre os nascidos vivos, os bebês do sexo masculino mantiveram a maioria dos nascimentos. A cada 100 nascidos vivos do sexo feminino, havia 104,5 do sexo masculino.

De acordo com o estudo, as MIF ainda não estão formadas nem fisicamente e nem mentalmente para uma gestação. A SEI aponta que essas meninas não têm condições de cuidar dos filhos direito e, além disso, muitas dessas gestações podem ter ocorrido como resultado de estupro ou em condições de famílias desestruturadas.

Perfil etário 

A SEI analisou o perfil etário das mulheres que se tornaram mães na Bahia em 2019 e observou uma predominância de mães jovens, entre 20 e 29 anos, com 46,5% do total. Logo em seguida, as mães em idade adulta (grupo maior de 30 anos), com 36,4%. Por sua vez, as mães adolescentes, com idade entre 10 a 19 anos, concentravam 17,1% do total.  Essa proporção equivalia a 33,6 mil mães adolescentes, ou seja, a cada 1 mil mulheres adolescentes na Bahia, de 10 a 19 anos, 27,2% tornaram-se mães no ano de 2019.

Considerando a mortalidade materna na Bahia, para o mesmo ano de 2019, foram registrados 105 óbitos. Esse total equivale a uma taxa de 53,2 mortes de mães na Bahia a cada 100 mil nascidos vivos. “Importante destacar a redução da mortalidade materna, que caiu de 89 por 100 mil para 53 por 100 mil num período de 10 anos. Isso é resultado de algumas políticas públicas, como o aumento de gestantes com 7 ou mais consultas pré natais, que no mesmo período cresceu de 39% para 60%. Contudo, o problema ainda requer atenção especial do poder público”, afirmou Armando Castro, diretor de estatística da SEI.

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