"A história é feita de contradições, muitas vezes a gente tem que assumir riscos", diz líder sobre aglomerações em protestos na Av. Paulista
O ato aconteceu neste domingo (31)

Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução
Mesmo com o isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus, São Paulo recebeu um protesto que manifestantes com atitudes violentas afirmavam defender a "democracia", na avenida Paulista neste domingo (31). O organizador do movimento 'Somos Democracia', o historiador, Danilo Pássaro, afirmou que os manifestantes assumiram o risco de promover aglomeração em meio à quarentena pela ameaça no Brasil. "A gente entende, como cidadão brasileiro, que a gente precisa defender a democracia de uma escalada autoritária no país", concluiu.
Como foi divulgado anteriormente, o manifesto houve confronto com a presença de eleitores que votaram no presidente Jair Bolsonaro, que se dizem arrependidos, e seus apoiadores. Além disso, o local contou com torcidas de times diversos.
Em entrevista ao UOL, o líder do movimento, que participa da torcida organizada do Corinthians, disse que "A confusão foi porque um grupo de pessoas que estavam com camisetas e bandeiras neonazistas foram passar no meio da manifestação para chegar até o outro lado e acabou provocando a confusão".
A respeito do distanciamento social, o organizador afirmou que a história é feita de contradições e que entende que a necessidade de seguir todas as recomendações.
"Somos totalmente a favor do distanciamento social. A gente entende a necessidade de se cumprir todas as recomendações das autoridades de saúde. Só que sou historiador. Faço a avaliação de que a história é feita de contradições, muitas vezes a gente tem que assumir alguns riscos. A gente precisa, sim, assumir esse risco".
Ele continua afirmando que esse ato foi necessário pois o governo tem se aproveitado do caos para se beneficiar. "O governo está se aproveitando da pandemia, que depois pode acabar num caos, [...] já que ele não garantiu uma política de proteção social para que as pessoas fiquem em casa. Ele não tem uma política séria de combate aos efeitos na economia, não há garantia de que manterão os empregos, mesmo que abra a economia", disse.
Mesmo com os decretos impedindo a aglomeração, ele disse que antes de reunir com todos presencialmente pediu para que os interessados fossem de "de máscara e com álcool em gel". Ele concluiu afirmando que ainda pretende manter as manifestações, e que o momento é de esperar para ver a repercussão.


