Acusados de hackear celulares de autoridades ficarão detidos por mais cinco dias
Soltos, "poderão agir e combinar e praticar condutas, isoladamente e em conjunto, visando apagar provas em outros endereços", afirma juiz Vallisney de Souza Oliveira em decisão

Foto: Agência Brasil/ Marcello Casal Jr.
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília, decidiu por volta das 20h, prorrogar a prisão temporária dos quatro acusados, e presos pela Policia Federal (PF), por invadir o celular do Ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, além de outras autoridades.
Na decisão, o juiz disse que os acusados devem continuar presos para não interferir nas investigações.
"Sem a prorrogação de mais cinco dias das prisões, soltos os investigados poderão agir e combinar e praticar condutas, isoladamente e em conjunto, visando apagar provas em outros endereços, mudar senhas de contas virtuais, fazer contatos com outras pessoas eventualmente envolvidas, retirar valores de contas desconhecidas ou de algum modo prejudicar o inquérito policial", afirmou Souza Oliveira.
Os suspeitos, Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques permanecerão detidos por mais cinco dias. Eles foram presos na nesta última terça-feira (23), por determinação dos magistrados da Operação Spoofing.
Segundo Ariovaldo Moreira, advogado do casal Gustavo e Suellen, o homem nega ter invadido telefones e participado da divulgação das supostas conversas feitas pelo então juiz federal da 13ª Vara Federal, Sergio Moro.
Entretanto, o advogado afirma que seu cliente admite ter recebido copias, de um dos acusados, Walter Delgatti, de mensagens atribuídas a Sergio Moro antes destas serem publicadas pelo The Intercept.
Walter ainda relatou a PF que a deputada Manuella D'avila (PC do B) entregou o contato do jornalista e fundador do site The Intercept, Gleen Greewald, do qual negou que tenha algum envolvimento com o caso.