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Adolescentes do PR eram obrigadas a produzir conteúdos sexuais sob ameaças do pai e madrasta

Mensagens obtidas pela polícia mostram cobranças com tom de seita e ameaças

Por Da Redação
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Adolescentes do PR eram obrigadas a produzir conteúdos sexuais sob ameaças do pai e madrasta

Foto: Elessandra Amaral/RPC

Um esquema revelado pela Polícia Civil mostra como pai e a madrasta impunham metas diárias de dez vídeos de conteúdo sexual a duas adolescentes, de 14 e 16 anos. 

As conversas, que foram obtidas pela RPC, afiliada da TV Globo, expõem como os suspeitos cobravam as vítimas, utilizando mensagens com tons de misticismo e ameaças. Em algumas mensagens, os suspeitos determinavam que as meninas tinham até uma hora para concluir "o acordo diário". 

"Por favor, não hesite em errar de novo, ou novamente para que apaguem-se todas as suas oportunidades, ok? Seja esperta e não faça por errar para que tenhas que ser punida sem chance de volta [...] Você tem apenas uma hora a partir de agora para concluir seu acordo diário, ok? Não perca tempo e mais esta oportunidade de redenção", escreveram.

A madrasta foi presa na última quinta-feira (21), em Curitiba. No mesmo dia, uma segunda mulher foi detida em Cerro Azul. O pai, no entanto, continua foragido. Os nomes não foram divulgados para preservar a identidade das vítimas.

As adolescentes são irmãs, mas apenas a mais velha, de 16 anos, é filha do homem que está foragido. 

Os suspeitos respondem por coação, divulgação e armazenamento de imagens de exploração sexual infantojuvenil, ameaça e associação criminosa. 

Crime foi denunciado pela mãe

O caso foi denunciado em fevereiro deste ano, quando a mãe das vítimas recebeu ameaças de divulgação de vídeos com conteúdo sexual das filhas. Os primeiros vídeos foram gravados em outubro de 2024, durante um passeio em um parque de Curitiba. 

O pai vendou as adolescentes e as levou para a casa dele. Com ajuda da atual esposa, ele gravou os primeiros vídeos de conteúdo sexual das vítimas. A partir disso, eles iniciaram as chantagens e ameaças as jovens.

"Fato esse que inclusive aconteceu em um determinado momento. As meninas não encaminharam esse conteúdo que havia sido estipulado e houve a divulgação de vídeos dessas meninas por meio das redes sociais", disse o delegado.

"As mensagens tinham um contexto de um culto, uma espécie de seita, ele se passava por oráculo [...] Era um conteúdo de pornografia explícita não só entre as duas vítimas, mas também delas com terceiros", explicou.

A polícia continua investigando o caso, tenta localizar o pai e verifica se há mais pessoas envolvidas no crime.

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