África vai receber tecnologia para produção de vacinas contra a Covid-19, revela OMS
Países contemplados são Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia
Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone/AP/Arquivo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, na sexta-feira (18) os países que serão os primeiros contemplados do projeto de transferência da tecnologia para a produção de vacinas contra a Covid-19. Todos os seis estão localizados no continente africano, sendo eles o Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, durante um evento realizado pelo Conselho Europeu. No local, estiveram presentes líderes africanos e europeus, como os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, assim como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O projeto de transferência da tecnologia mRNA, utilizada na produção dos imunizantes da Pfizer e da Moderna de forma pioneira, foi anunciado em abril do último ano. A ação tem como objetivo permitir que os países tenham condições de fabricar vacinas de acordo com padrões internacionais a países de baixa renda.
“Nenhum outro evento como a pandemia de Covid-19 mostrou como a resistência de algumas empresas em fornecer bens públicos é perigosa”, afirmou Adhanom. Além disso, o diretor-geral também ressaltou a necessidade de expandir o acesso a insumos de saúde “no médio e longo prazo” para conter o avanço de outras doenças em pandemias futuras.
“Esta é uma iniciativa que nos permitirá fazer as nossas próprias vacinas – o que, para nós, é muito importante”, comemorou.
Os Estados Unidos anunciaram na última quinta-feira (17), uma doação equivalente a US$ 250 milhões em vacinas para a África, a serem distribuídas para 11 países. A iniciativa tenta evitar o surgimento de variantes mais agressivas da Covid-19 em regiões sem cobertura vacinal adequada.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o total da população vacinada com ao menos uma dose nos países escolhidos é inferior a 40%.Serão contemplados a Angola, Costa do Marfim, Essuatíni, Gana, Lesotho, Nigéria, Senegal, África do Sul, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.
