Agência de notícia da ONU avalia combate à pandemia da Covid-19
Especialistas já alertavam para o surgimento de novas variantes
Informações de uma matéria da UN News, a agência de notícias internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram que a variante Ômicron do novo coronavírus sempre foi uma preocupação, principalmente pelo fato da rápida disseminação. Apesar do desenvolvimento quase milagroso de vacinas contra a Covid-19 em tempo recorde no ano passado, o vírus continuou a se multiplicar e sofrer mutações ao longo deste último ano. Essa realidade preocupa especialistas.
O medo que acompanhou a identificação de uma nova variante é compreensível, mas o seu surgimento não deveria ter sido uma surpresa, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou constantemente a respeito da inevitabilidade das mutações, segundo a matéria. Em conversa com a imprensa no início deste mês, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a Ômicron estava se "espalhando a uma taxa inédita a qualquer variante conhecida até então", e acrescentou: "A essa altura já deveríamos saber que subestimamos o vírus por nossa conta e risco”.
Vacinas
Em uma tentativa de apoiar os mais vulneráveis, a OMS fomentou a iniciativa COVAX, reconhecida como o esforço global mais rápido e bem sucedido na história para combater uma doença. Em janeiro deste ano, no entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já lamentava o fenômeno global auto-destrutivo que ficou conhecido como "vacionalismo", que define a falta de vontade de muitos países de olhar além das próprias fronteiras quando o assunto são as vacinas.
O chefe da OMS na África, Matshidiso Moeti, condenou o "acúmulo de vacinas". Segundo o especialista, a única coisa que a prática garante é o atraso da recuperação do continente. "É profundamente injusto que a maioria dos africanos vulneráveis sejam forçados a esperar por vacinas enquanto a segurança de grupos não prioritários é garantida nos países ricos", disse. Paralelamente, a OMS profeticamente alertou que quanto mais tempo a humanidade leva para suprimir a propagação da covid, maior é o risco de surgimento de novas variantes resistentes às vacinas disponíveis.