Além do presidente do INSS, operação da PF afasta mais quatro servidores por suspeita de fraude
O presidente Lula já pediu a demissão de Alessandro Stefanutto, responsável pelo órgão

Foto: Divulgação/PF
Além do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, outros quatro servidores foram afastados após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (23). A investigação apura cobranças indevidas feitas por entidades em contas de aposentados e pensionistas.
Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também foram afastados:
•Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, procurador-geral do INSS;
•Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;
•Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão;
•Jacimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios.
As informações foram divulgadas durante uma coletiva de imprensa realizada poucas horas depois da deflagração da operação pela PF. Participam da entrevista, além de Lewandowski, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
•Lula manda demitir presidente do INSS após operação que apura fraude de R$ 6,3 bilhões
Operação Sem Desconto
A PF cumpre 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão no Distrito Federal e em 13 estados, como parte da Operação Sem Desconto. O objetivo é desarticular um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A investigação mira pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos envolvidos nas cobranças indevidas. Segundo a PF, as fraudes somam cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.