Alerta da Organização Mundial do AVC: prevenção pode evitar 90% dos casos

A Organização Mundial do AVC emitiu um alerta no Dia Mundial do AVC, lembrado neste domingo (29): uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos enfrentará um acidente vascular cerebral (AVC) em algum momento de suas vidas. Surpreendentemente, 90% desses casos poderiam ser prevenidos com a gestão adequada de fatores de risco como hipertensão, tabagismo, dieta e atividade física.

A gravidade da doença não pode ser subestimada, pois é uma das principais causas de morte e incapacidade globalmente. Afetando todas as faixas etárias, o AVC tem um impacto profundo não apenas nos sobreviventes, mas também em suas famílias, amigos, ambientes de trabalho e comunidades.

Estimativas atuais indicam que mais de 12 milhões de pessoas no mundo experimentarão um AVC este ano, e dessas, cerca de 6,5 milhões perderão suas vidas devido à condição. Além disso, mais de 110 milhões de indivíduos lidarão com as sequelas deixadas por um AVC. Surpreendentemente, mais de 60% dos casos ocorrem em pessoas com menos de 70 anos, e 16% afetam pessoas com menos de 50 anos.

O AVC, seja isquêmico (ocasionado por obstrução de vasos sanguíneos) ou hemorrágico (decorrente de ruptura de vasos), pode resultar em danos ou morte de células cerebrais. Os principais fatores de risco incluem pressão alta, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, além de fatores incontroláveis como idade, gênero e histórico familiar.

Embora o AVC seja mais comum em pessoas acima de 60 anos, relatos de casos entre jovens têm se tornado mais frequentes. Esse cenário implica consequências significativas, pois a doença pode gerar incapacidades de magnitude considerável, dependendo do local e extensão da lesão cerebral.

Reconhecer os sinais de um AVC e buscar tratamento imediato não apenas salva vidas, mas também aumenta as chances de recuperação. Sintomas como perda de força, desequilíbrio, dificuldade na fala, alterações na visão e dor de cabeça intensa requerem atenção imediata. O tempo é crucial, com uma janela de até quatro horas e meia para tratamento medicamentoso e até seis horas para procedimento endovascular em casos de AVC isquêmico. A conscientização e a prevenção desempenham um papel vital na redução da incidência de AVC e na minimização de seu impacto.