O  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte, responsável por ameaçar em vídeos ministros da Corte e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ivan Rejane já estava detido, mas em prisão temporária, com prazo de cinco dias. Agora, a duração é indefinida e pode seguir enquanto durarem as investigações. 

A decisão de Moraes acontece após pedido da Polícia Federal. O delegado que conduz as apurações sobre o caso alegou que uma eventual soltura de Rejane teria impactos na ordem pública, "tanto pelo potencial prosseguimento na prática delitiva (como já demonstrado), quanto pela recepção de uma mensagem equivocada de que as condutas praticadas por Ivan Rejane são toleradas pelo Estado".

Em um dos vídeos divulgados pelo homem, ele afirma que Lula deveria andar com segurança, porque ele iria “caçar” o petista, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ). 

Ele diz ainda que vai “caçar principalmente” ministros do STF e cita os nomes do próprio Alexandre de Moraes, de Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber.

Na decisão, Moraes escreveu que existem “fortes indícios” de que Rejane integre uma associação criminosa. 

Em sua decisão, Moraes escreveu que há "fortes indícios" de que Ivan Rejane integra uma associação criminosa.

"A prisão preventiva se trata, portanto, de medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada, havendo, neste caso, fortes indícios de que o investigado integra associação criminosa", apontou o ministro.