Alta nos preços - Com custos de produção mais caros, frigoríficos pedem ajuda do governo
Saiba por que os preços do frango, ovo e porco podem ser mais elevados

Foto: Reprodução
Com a alta nos preços da carne bovina em 2020 e a queda da renda das famílias durante a pandemia, o consumidor precisou recorrer ao frango, ovo e porco, proteínas consideradas mais baratas. No entanto, em maio deste ano, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), alertou o governo federal sobre "novas elevações nos preços" dessas proteínas, por causa dos custos de produção que o setor estava tendo.
Na prévia da inflação de maio, o frango inteiro teve uma alta de 14% nos últimos 12 meses, enquanto os pedaços aumentaram 13,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O preço do ovo avançou 7%, e dentre as carnes de porco, a linguiça registrou 30%. Até a salsicha ficou 12% mais cara.
A principal queixa dos frigoríficos é com relação aos preços do milho e da soja no mercado internacional, o que tem encarecido a ração dos animais. Com isso, o setor pede uma série de medidas ao governo para que a situação seja contornada. Eles pedem incentivos e redução de custos para importar o milho e a soja, mesmo o Brasil sendo um grande produtor desses grãos.
Veja a lista de solicitações
- Suspensão do imposto Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) sobre a importação de grãos de países não-integrantes do Mercosul;
- Suspensão temporária de cobrança de PIS e Cofins para comprar milho e soja de países de fora do Mercosul. Isso já existe para as empresas que exportam, mas o setor quer que isso seja estendido às empresas que só vendem para o mercado interno;
- Suspensão temporária de cobrança de PIS e Cofins sobre os fretes realizados no mercado interno.
Ao G1, o Ministério da Agricultura afirmou que o governo está formatando políticas referentes ao incentivo de plantio de milho e de cereais e que serão anunciadas durante a divulgação do Plano Safra 2021/2022.


