Anfavea projeta crescimento de 15% na indústria em 2021

Recuperação tem como desafios a questão tributária

A produção de veículos no país deve chegar a 2,25 milhões de unidades em 2021, o que deve representar uma recuperação de 15% sobre o ano de 2020. A projeção foi divulgada esta manhã pela Anfavea, associaçao nacional dos fabricantes de veículos nesta manhã. O encontro virtual teve a participação do Farol da Bahia em conjunto com outros veículos especializados no setor automotivo.

Números do mercado 

Ao longo de 2020 as vendas no mercado interno fecharam com 2.058.437 unidades, queda de 26,2%. A produção de 2.014.055 autoveículos no ano passado encolheu 31,6%. O segmento de caminhões caiu 11,5% em relação a 2019. Comerciais leves caíram 16%, automóveis 28,6% e ônibus 33,4%, a maior redução entre os setores analisados.

A entidade prevê aumento de 15% na venda de veículos, aumento de 9% nas exportações e 25% na produção total.

Aumento dos impostos 

Apesar da projeção, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, evitou falar nos níveis de recuperação em função de variáveis como os problemas do setor logístico com o abastecimento de peças, questões como o dólar e questões fiscais como a recente elevação das alíquotas de ICMS anunciada pelo governo de SP por meio do governador João Doria (PSDB).

"Foi adotado para veículos usados uma alíquota de ICMS que subirá 207%. Imagine para um lojista, dono de uma loja, que ao vender o veículo usado terá que arcar com esse aumento na nota fiscal de venda. Um veículo de 50 mil pagava R$ 900 e agora vai pagar R$ 2.963", disse o presidente da Anfavea lembrando que apesar de falar sobre o mercado de veículos novos entende que toda a cadeia dos carros usados está interligada.

No caso dos carros novos vendidos em SP o ICMS que era 12 vai para 13,3%, aumento de 11% no valor do imposto embutido. E a partir de abril subirá mais chegando a alíquota de 14,5%. A entidade afirma que não houve sinalização sobre o aumento de impostos aprovado em 31 de dezembro.

"Isso [a elevação de impostos] vai contra a discussão de reforma tributária, pois o setor produtivo está fazendo esforço enorme para minimizar os impactos da pandemia e fazer uma retomada. O aumento da carga vai pesar ainda mais sobre a cadeia da indústria e pode até levar a mudanças nos planos de investimento", alertou o executivo.


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