O senador Angelo Coronel (PSD-BA) deve apresentar ainda nesta segunda-feira (29) uma nova versão do relatório quanto ao Projeto de Leis das Fake News (PL 2630/20), previsto para votação nesta terça (30) em sessão virtual do plenário do Senado Federal. O texto tem dividido  opiniões no parlamento e sofrido pressão das grandes empresas internacionais, que alegam prejuízo na inclusão digital no Brasil com mais rigidez legal.

Coronel disse ser uma "falácia" o manifesto dos "três gigantes mundiais"  (Google, Facebook, Twitter) da última quinta (25) em que registram que o projeto ameaça a liberdade de expressão, privacidade e segurança dos usuários brasileiros. Um dos pontos destacados é que houve pouco tempo para o debate, já que normalmente os projetos tramitam primeiro pelas Comissões, onde especialistas, representantes das empresas e da sociedade civil são ouvidos para a formulação do texto, o que não aconteceu, já que apenas as votações em Plenário continuam durante a pandemia da Covid-19.

Para o senador, é necessária uma Lei que proteja a sociedade brasileira e as instituições. "O Congresso não vai se curvar ao lobby desses gigantes mundiais", afirmou e explicou que apesar dos ataques e ameaças que vêm recebendo, continuará "lutando".

Importante destacar que Coronel é presidente da CPI mista das Fake News, que iniciou os trabalhos em setembro do ano passado, com discussões sobre ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público com a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições, a prática de cyberbullying e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.
Os favoráveis à análise do texto defendem que é necessário mais rigidez por conta da aproximação das eleições municipais.