Anvisa aprova medicamento da Pfizer contra a Covid-19
Pílula Paxlovid já é utilizada nos EUA, Europa, Austrália e Japão
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (30), o uso temporário e emergencial das pílulas antivirais Paxlovid, medicamento fabricado pela Pfizer para tratamento contra a Covid-19.
A segunda diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, foi a relatora da decisão e se posicionou a favor do uso do medicamento. Os diretores Rômison Mota, Alex Campos, Cristiane Jourdan e Antonio Barra Torres acompanharam a decisão.
Segundo a Pfizer, a pílula antiviral apresentou 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes contaminados pela doença. Caso seja aprovado, o medicamento terá uso domiciliar, por adultos maiores de 18 anos que não necessitam de oxigênio suplementar, no entanto, será exigido receita e prescrição médica.
“Ressalvadas algumas incertezas, esta relatoria entende que os benefícios superam os riscos no contexto do uso emergencial. Possibilitaremos a adição de uma nova estratégia no portfólio de procedimentos médicas para reduzir os danos da pandemia”, pontuou Meiruze.
Como funciona
Para a utilização, o medicamento deverá ser tomado por cinco dias, logo após o surgimento dos primeiros sintomas da doença e resultado positivo para o exame de Covid. Segundo a Pfizer, o remédio bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução para quadros graves.
Além disso, a farmacêutica norte-americana aponta que os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O tratamento consiste na ingestão de dois comprimidos, sendo um de nirmatrelvir e outro de ritonavir. Ambos fazem parte da caixa de remédio comercializada pela empresa. As pílulas devem ser tomadas juntas, por cinco dias, e têm prazo de validade de 12 meses (conservado em temperatura de 15ºC e 30ºC).