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Apenas 7% das águas da Mata Atlântica estão em boas condições de uso, revela levantamento

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Apenas 7% das águas da Mata Atlântica estão em boas condições de uso, revela levantamento

O exame foi feito entre janeiro e dezembro de 2021, em 146 pontos de coletas de 90 rios e corpos d’água, localizados em 65 municípios de 16 estados do bioma

Por Da Redação
Apenas 7% das águas da Mata Atlântica estão em boas condições de uso, revela levantamento
Foto: Reprodução

Um levantamento feito pelo programa Observando os Rios, da Fundação SOS Mata Atlântica, revelou que somente 7% da água dos rios da Mata Atlântica estão em boas condições de uso. Grande parte tem qualidade apenas regular e em 20,5% dos casos a condição é ruim ou péssima, água considerada imprópria para consumo humano, animal e produção de alimentos. 

Conforme o exame, realizado entre janeiro e dezembro de 2021 em 146 pontos de coletas de 90 rios e corpos d’água, localizados em 65 municípios de 16 estados do bioma Mata Atlântica, não foi identificada água em ótima condição em nenhum dos pontos de coleta.

Além disso, foi verificado uma estabilidade do Índice de Qualidade da Água (IQA) em relação a 2020. Nove pontos de coleta apresentaram qualidade boa - em 2020 foram 12. 84 ficaram com qualidade regular, e outros 22 foram classificados como ruins e um péssimo. No ano anterior, foram 80 em situação regular, 21 ruim e três péssimos.

De acordo com Gustavo Veronesi, coordenador do programa, a condição dos rios não melhora por conta do déficit de esgotamento sanitário. Ele destaca que, para uma mudança, o poder público precisa fazer um investimento a longo prazo. 

"O trabalho de recuperação dos rios é de longo prazo. Não se consegue resolver problemas de anos numa única gestão de quatro anos. Só um mandato não resolve esse tipo de problema", diz ele, ao Globo.

Veronesi reforça que a condição climática e o desmatamento pioram a situação. Os eventos extremos, como seca ou chuvas torrenciais, que têm sido cada vez mais frequentes, agravam os problemas. No período de seca, falta capacidade de vazão para diluir os poluentes. Já nas chuvas, o lixo e a poluição são carreados para os rios e córregos, aumentando a sujeira na água e o assoreamento.

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