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Aplicativo registra aumento de 42% em corridas com destino à Delegacias de Mulheres

Capitais com maior número de denúncias são Rio de Janeiro e São Paulo

Por Da Redação
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Aplicativo registra aumento de 42% em corridas com destino à Delegacias de Mulheres

Foto: Millena Matos/Divulgação

Um levantamento realizado pela 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana, apontou que as mulheres procuraram 42% a mais as delegacias especializadas para fazer denúncias de agressões domésticas em 2021. Para a pesquisa, foram analisadas as viagens com destino a endereços próximos às 180 Delegacias de Mulheres de todo o país.

Entre as capitais que registraram o maior número de viagens com estes destinos, lideram o Rio de Janeiro, seguida de São Paulo, Recife, Macapá e Salvador. Além disso, das 78 cidades brasileiras que registraram viagens com destino à delegacia de mulheres, 18 são capitais.  Seis estão localizadas na região Nordeste e quatro da região Sudeste. Norte e Centro-Oeste registram três capitais cada uma e o Sul aparece com duas.

“Independentemente de onde tenha ocorrido a violência, seja em casa, no trabalho ou em uma corrida por aplicativo, a mulher pode e deve solicitar apoio usando o aplicativo da 99 e nós entendemos que é nosso papel apoiar ações para acolher as vítimas e dar um basta neste ciclo de dor e agressão”, afirma Livia Pozzi, diretora de Operações e Produtos da 99.

Desde 2019, a plataforma conta com o programa Mais Mulheres na Direção, entre outros projetos, como a parceria com o projeto Justiceiras, para acolher e encaminhar vítimas de violência doméstica a equipes especializadas. Um canal recebe em média três mulheres por dia procurando voluntárias do grupo para denunciar abusos e agressões.

Perfil das mulheres vítimas de agressões

Segundo dados do projeto Justiceiras, o perfil de mulheres que procuraram o grupo neste ano, via aplicativo da 99 e fora da plataforma, é composto por sete entre 10 mulheres sendo pardas, indígenas ou negras. Além disso, das que possuem emprego, 90% recebem um salário mínimo, mas 50% sequer possuem trabalho, o que dificulta a busca por ajuda, uma vez que são financeiramente dependentes dos companheiros.

Até setembro de 2021, foram registrados mil pedidos de apoio via aplicativo da 99. Em 84% dos casos, os agressores são maridos ou ex-maridos. Além disso, 45% das pessoas moram com o agressor e 24% são vigiadas pelo celular. Sem acesso, muitas sequer fazem denúncias. Das que procuraram as voluntárias este ano, 48% tentava o primeiro pedido de ajuda.

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