Após audiência de custódia, justiça decide manter prisão de Celsinho da Vila Vintém, no Rio de Janeiro
Celso Luiz Rodrigues é apontado como uma das principais lideranças criminosas no estado

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do traficante Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, após audiência de custódia. O homem, apontado como uma das principais lideranças criminosas no estado foi preso na última quinta-feira (8).
A polícia aponta que Celsinho seja um dos comandantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA). Segundo as investigações, ele articulava alianças com o Comando Vermelho (CV), para tentar expandir a presença da facção em regiões atualmente dominadas por milicianos.
Ainda segundo a polícia, além de promover aliança com a CV, Celsinho também buscava se unir com uma milícia que atua em Curicica, na zona oeste do Rio. Ele teria articulado um acordo com líderes do CV e da milícia para tentar recuperar áreas que haviam sido perdidas por sua facção.
Celsinho havia sido solto em 2022, mas a polícia afirma que há indícios de que ele nunca deixou de comandar a ADA. Com o pacto triplo, ele poderia expandir novamente a atuação da organização.
A união com o CV ainda previa apoio logístico, de modo a utilizar as bases em Realengo e Vila Vintém para auxiliar em ações contra milicianos na região de Santa Cruz.
O criminoso foi preso pela primeira vez em 1990, escapou do sistema penitenciário em 1998 e, em 2002, foi recapturado e transferido para Bangu 1, onde sobreviveu à rebelião que matou Uê e outros líderes da ADA sob ordens de Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho.
Foi solto em 2022 após cumprir duas décadas de pena. A libertação foi motivada por questionamento judiciais sobre a participação na guerra da Rocinha. Em liberdade, alegava ter se afastado do tráfico e estar dedicado a um negócio familiar de criação de porcos.