Após decisão da Suprema Corte dos EUA, Disney afasta 45 funcionários venezuelanos
Para não serem demitidos, trabalhadores precisam apresentar nova autorização de trabalho
Foto: David Ryder / Bloomberg
A Disney anunciou que 45 funcionários venezuelanos serão afastados após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que, na última segunda-feira (19), abriu caminho para o governo de Donald Trump suspender proteções temporárias contra deportação concedidas a imigrantes da Venezuela.
Os trabalhadores atingidos por essa decisão foram colocados em licença não remunerada, mas com benefícios garantidos, por 30 dias a partir de 20 de maio.
A empresa informou que, caso não apresentem uma nova autorização de trabalho válida até o fim do período, os empregados serão desligados. A maioria dos afetados atua nos parques da Walt Disney World, em Orlando, na Flórida.
Entenda a decisão
Na segunda-feira (19), a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou o governo Trump a avançar com o fim do Status de Proteção Temporária (TPS), uma política de assistência humanitária que beneficia imigrantes de países em crise.
A decisão, tomada pela maioria dos ministros, pode aumentar o número de pessoas vulneráveis à deportação e gerou fortes críticas de defensores dos direitos dos imigrantes.
Há aproximadamente 360 mil pessoas com status TPS na Flórida, 60% das quais são da Venezuela. O TPS foi criado pelo Congresso em 1990 para proteger migrantes de países que passam por conflitos armados, desastres ambientais ou outras catástrofes.
Atualmente, cidadãos de 17 países são cobertos pelo programa. A Venezuela foi adicionada à lista em 2021.
