Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram manter a greve, após dois meses do início da paralisação, em assembleia realizada no campus do Cabula, em Salvador, nesta terça-feira (4). Em reunião, a categoria diz que a continuidade do movimento é “para garantir melhores condições de trabalho e ensino da universidade pública” e “para não promoverem o sucateamento da educação”.  

No fim da tarde, os professores e estudantes da Uneb, Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que também têm docentes em greve, se reunem em frente à Secretaria da Educação (SEC) para, segundo a classe, exigir do governador Rui Costa um posicionamento para encerrar a greve.

Na pauta de reivindicação, os professores pedem o pagamento de 5,9% de reajuste no salário base no ano de 2019, antes do final da greve, exigem compromisso do governo do estado de não alterar o Estatuto do Magistério Superior sem acordo prévio com o Movimento Docente, além de pedir garantia dos direitos trabalhistas de servidor público (como o pagamento de adicionais por tempo de serviço e insalubridade) e as prerrogativas asseguradas em lei sejam, integralmente, respeitadas segundo a legislação em vigor. Além disso, os docentes reivindicam o compromisso do governo de discutir um cronograma para reposição das perdas salariais de 2015 a 2018 até o final de 2022.

No fim da assembleia, os grevistas decidiram também fazer contraproposta, que será entregue ao governo nesta tarde, durante o protesto feito na SEC. A expectativa dos docentes é que o governo receba representantes do movimento para uma reunião. A SEC foi procurada pela reportagem para comentar sobre as soluções para o fim da greve, mas não obteve retorno.