Após registrar déficit recorde, governo prevê saldo positivo em outubro e novembro

A equipe econômica do governo federal registrou um déficit primário recorde de R$ 252 bilhões em julho, devido aos pagamento do auxílio emergencial e um aumento em outras despesas, mas prevê um saldo positivo em outubro e novembro deste ano.  

A estima contrasta a projeção do mercado, que considera um déficit bem menor para julho, de R$ 103,5 bilhões, mas sem perspectiva de superávits até o final do ano, segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE). 

"A partir de setembro, as expectativas são de aumento de receitas, traduzindo algum otimismo com relação à recuperação da atividade econômica", disse a nota.

De um lado a pasta da Economia estima superávits de R$ 5,5 bilhões e R$ 5,1 bilhões para o governo central em outubro e novembro, respectivamente, os números coletados pela mediana do boletim Prisma são de déficits de R$ 26,4 bilhões e R$ 40,2 bilhões.

Sobre o resultado de 2020, a equipe econômica projeta déficit de R$ 787,4 bilhões para o governo central e o mercado, de R$ 765,9 bilhões. No primeiro semestre, o rombo nas contas públicas foi de R$ 417,217 bilhões, pressionadas pelos gastos com as medidas de enfrentamento à pandemia.