Após ser acusada de fraude nos EUA, Patrícia Lélis pode perder casa avaliada em R$ 4,3 mi
Brasileira teria enganado clientes ao se passar falsamente por advogada de imigração; entenda

Foto: Reprodução/Instagram
A brasileira Patrícia Lélis, que, atualmente, encontra-se foragida da Justiça norte-americana e é acusada de enganar clientes ao se passar falsamente por advogada de imigração, pode perder a residência em que morava na cidade de Arlington, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.
Segundo a denúncia feita pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a entrada da casa, atualmente avaliada em US$ 875 mil (cerca de R$ 4.3 milhões em conversão direta), foi realizada com o dinheiro do esquema fraudulento.
Denúncia
O órgão afirma que a brasileira se passou falsamente por uma advogada de imigração, passando, inclusive, a desviar recursos para enriquecimento próprio. Patrícia se apossava do dinheiro de clientes que buscavam ajudar para realizar a imigração e utilizava o montante para comprar casas e outros itens pessoais.
Para as vítimas, Patrícia informava que o dinheiro investido para obtenção do visto iria para um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa EB-5. Mas, na verdade, todo o valor ia para a conta bancária pessoal de Patrícia.
A brasileira também é acusada de atuar ativamente para encobrir o esquema e obter mais dinheiro. Lélis criou a falsa identidade de "Jeffrey Willardsen", um suposto funcionário de uma empresa de investimento imobiliário do Texas, para induzir uma das vítimas a realizar depósitos de dinheiro.
Patrícia enfrenta acusações formais de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Se condenada, ela pode enfrentar até 20 anos de prisão por fraude eletrônica, no máximo 10 anos por transações monetárias ilegais e um mínimo obrigatório de dois anos adicionais de prisão por roubo de identidade agravado.
Recentemente, após entrar na lista de foragidos do FBI, a polícia federal norte-americana, Patrícia afirmou que está protegida "em outro país".