Após ter visto suspenso, presidente da Colômbia afirma que EUA não cumprem direito internacional
Governo de Trump justifica que Gustavo Petro "instou os soldados americanos a desobedecer ordens e incitar a violência"

Foto: EFE/Presidencia de Colombia | Isac Nóbrega/PR
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não cumpre mais o direito internacional após ter o visto suspenso na última sexta-feira (26).
• Confira a lista de autoridades brasileiras que já tiveram o visto cancelado pelo governo Trump
O cancelamento do visto foi anunciado depois que Petro pediu publicamente para que os soldados colombianos desobedecessem Trump, o que prejudicou as relações entre Washington e Bogotá.
Com isso, autoridades americanas justificaram que Petro "instou os soldados americanos a desobedecer ordens e incitar a violência".
O conflito já havia se instaurado em relação a questões de migração e tráfico de drogas, quando o líder colombiano repetiu o apelo por uma força armada para "libertar a Palestina". Na ocasião, ele se dirigiu a um grupo de apoiadores pró-Palestina do lado de fora da sede das Nações Unidas.
"Ela (a força global) tem que ser maior que a dos Estados Unidos. É por isso que, daqui, de Nova York, peço a todos os soldados do exército dos EUA que não apontem seus rifles para a humanidade. Desobedeçam às ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade", apontou Petro.
Petro estava em Nova York para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente também criticou Trump de forma direta, afirmando que o republicano era "cúmplice de genocídio" em Gaza, onde Israel, aliado americano, intensificou uma ofensiva à Cidade de Gaza recentemente.