A arrecadação federal em 2022 chegou a R$ 2,21 trilhões, alcançando o melhor resultado anual desde 2000, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pela Receita Federal Brasileira. Essa quantia representa uma elevação real de 8,18% em relação ao período acumulado de janeiro a dezembro de 2021. 

Em dezembro de 2022, a arrecadação chegou a R$ 210 bilhões, com aumento real, já corrigido pela inflação, de 2,47%, comparado com dezembro de 2021. O resultado também é o melhor desempenho arrecadatório desde 2000.

“O acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL)”, disse a Receita em nota.

Ao todo, o IRPJ e a CSLL arrecadaram R$ 489,6 bilhões no ano de 2022, registrando um crescimento real de 17,73%. Ainda segundo a Receita, os números podem ser explicados pelo crescimento de 82,09% na “arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021, e ao acréscimo de 16,90% na arrecadação da estimativa mensal.”

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 42 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a dezembro deste ano, e de R$ 40 bilhões, no mesmo período de 2021”, destaca a RFB.

A Receita Previdenciária também teve papel fundamental para a arrecadação anual, já que recolheu R$ 564,7 bilhões, com acréscimo real de 5,98%. A Receita ressaltou que esse resultado se deve, especialmente, ao aumento real de 8,23% da massa salarial, bem como o crescimento real de 12,85% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional.