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“As Forças Armadas não embarcarão jamais em aventura antidemocrática”, diz Marco Aurélio

Ministro concedeu entrevista ao UOL nesta terça-feira (30)

Por Da Redação
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“As Forças Armadas não embarcarão jamais em aventura antidemocrática”, diz Marco Aurélio

Foto: Agência Brasil

Em entrevista ao UOL, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, afirmou nesta terça-feira (30), que não se deve subestimar os propósitos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao demitir do Ministério da Defesa o general Fernando Azevedo e Silva. Ele disse, entretanto, que está convencido de que “as Forças Armadas não embarcarão jamais em aventura antidemocrática”.

“Não há possibilidade de cogitar-se em um engajamento das Forças Armadas ao governo, passando o Exército, a Marinha e a Aeronáutica a serem Forças Armadas do governo, e não do Estado. Não há essa possibilidade. Conheço bem a cabeça dos militares”, disse o ministro.

O ministro conviveu com Azevedo e Silva na época em que o general atuou como assessor do então presidente do STF, Dias Toffoli. Declara-se um admirador do comandante do Exército, general Edson Pujol, que também será substituído. “Eu já o vi falando. E o achei de uma concretude maior”.

Sobre a notícia de que Bolsonaro desejava que Pujol tivesse reprovado a decisão do relator da Lava Jato, Edson Fachin, de anular as condenações de Lula, Marco Aurélio disse: “Imagina! Não cabe uma coisa dessas. Cada qual na sua área. O soldado, em tempo de paz, deve estar no quartel”, disse. “Fiz a Escola Superior de Guerra em 1983”, contou Marco Aurélio. “Fui o xerife da turma, porque não havia general de divisão, só de brigada. E eu, na época ministro do Tribunal Superior do Trabalho, tinha, por assim dizer, a maior patente, a maior qualificação. Minha crença nas Forças Armadas brasileiras é inabalável”, completou.

Para Marco Aurélio, ainda que Bolsonaro tivesse intenções antidemocráticas ao trocar Azevedo e Silva pelo Braga Netto, o desejo do presidente não seria respaldado pelas Forças Armadas: “Tenho crença nas Forças Armadas como cidadão, como ex-integrante da Escola Superior de Guerra e também como integrante do Supremo. Acredito que a democracia brasileira veio para ficar”.

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