"As minorias têm que se adequar", diz Bolsonaro após ser acusado de transfobia

Em declaração nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu de acusações de homofobia e transfobia feitas por opositores após falas que teve em Imperatriz (MA), em que afirmou que ele e seus apoiadores querem que "o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda". 

Em Juiz de Fora (MG), o pré-candidato à Presidência da República afirmou que "as minorias têm que se adequar".

"Outro dia eu falei... A mãe quer que o Joãozinho continue sendo Joãozinho. Ah, declaração homofóbica... Meu Deus do céu. Porra... Onde nós iremos? Cedendo para as minorias... As leis existem, no meu entender, para proteger as maiorias. As minorias têm que se adequar", disse. 

Na cidade, Bolsonaro participou de um culto evangélico da igreja Assembleia de Deus, cidade que sofreu o atentado a faca quando era candidato a presidente na corrida eleitoral de 2018.

No local, o chefe do Executivo conversou sobre economia, pandemia da Covid-19,  além de criticar também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário na corrida eleitoral deste ano, e comentar sobre o retorno da esquerda ao poder nos países sul-americanos.

"Teve uma cantora esses dias que falou um montão de abobrinha... Vou tatuar isso e não-sei-o-que-lá, vou fazer aquilo... Falou de uma pessoa [Lula], estou dando maior apoião para você... Libera aí a maconha. E a garotada segue essas pessoas", afirmou o presidente, em referência a cantora Anitta, que declarou apoio recentemente ao adversário político de Bolsonaro.

Bolsonaro visitou ainda o Hospital Santa Casa de Misericórdia, local em que recebeu atendimento de emergência após o atentado a faca na cidade.

"Depois de quase quatro anos, eu retorno a Juiz de Fora. Os médicos diziam que: a cada cem pessoas que levam facada, uma tinha chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte, eu acho que é outra coisa. É a mão de Deus. Eu tenho certeza", afirmou no local.