Auditoria do TCU aponta irregularidades de R$ 1 bilhão em pagamentos do seguro-desemprego de 2018 a 2022
Ha indícios de que 382.962 parcelas do seguro tiveram pagamentos excessivos

Foto: Reprodução
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de pagamentos indevidos relacionados ao seguro-desemprego, totalizando R$ 1 bilhão. A análise abrange o período de janeiro de 2018 a junho de 2022, conforme documento oficial do tribunal.
A maioria dos casos relatados ocorre na primeira solicitação do benefício, onde os trabalhadores, com menos de 12 meses de contribuição nos últimos 36 meses, receberam três parcelas do seguro-desemprego, violando as diretrizes estabelecidas.
A auditoria revelou que houveram pelo menos revela 382.962 parcelas com pagamentos excessivos. Além disso, foram detectadas alterações no número de meses trabalhados sem justificativas claras para os ajustes.
O Ministério do Trabalho, em resposta ao relatório do TCU, alegou disparidades nos índices devido ao uso de uma base de dados diferente. Contudo, o tribunal destaca que essas incompatibilidades não justificam as irregularidades encontradas.
O TCU destaca ainda o pagamento de R$ 146,9 milhões a 29.535 servidores públicos, classificando-os como "possivelmente irregulares". Estes beneficiários, pertencentes a prefeituras e estados, contrariam a legislação que regula o seguro-desemprego, uma vez que, estando em serviço, não deveriam receber tais parcelas.