Bahia luta no fim, mas perde para América em Pituaçu pelo Brasileiro

O Bahia sofreu a segunda derrota consecutiva no Brasileirão. O Tricolor perdeu por 4 a 3 para o América-MG, em confronto disputado na noite desta quarta-feira (30), no estádio de Pituaçu, em Salvador, pela oitava rodada do Brasileirão. Com resultado, time baiano caiu para sexta colocação, com onze pontos somados, mas pode deixar o G-6, com resultados que complementam a rodada. Já o América venceu a primeira na competição, e agora é o 15º colocado, com seis pontos.

Dois times entraram em campo nesta noite, mas apenas um deles foi organizado o suficiente para ir para o intervalo com triunfo parcial. Muito bem postado defensivamente, com marcação intensa nos principais jogadores tricolores e aproveitando as transições entre defesa e ataque com velocidade, o América foi muito superior ao Bahia na partida. O placar de 2 a 0 é completamente justificável, principalmente porque o Tricolor mais alçava bola na área, do que tentava criar jogadas. Defensivamente completamente desorganizado e perdido em campo, foi presa fácil para o Coelho.

O América estava chegando algumas vezes ao ataque, tendo inclusive feito algumas finalizações, porém, a melhor chance só veio acontecer aos 12 minutos, e foi do Bahia. Após cruzamento para área, a bola encontrou Matheus Bahia dentro da área, que dominou e tocou para trás para Thaciano, que bateu de primeira, no cantinho, e viu a bola ir pela rede do lado de fora.

Como estava melhor na partida e usufruindo melhor dos contra-ataques do que o Bahia, o América não tardou a abrir o placar. Após recuperar a bola no campo de defesa, o Coelho avançou em velocidade ao ataque, e a bola chegou nos pés de Rodolfo, que encontrou Felipe Azevedo completamente livre dentro da área. O camisa 10 dominou e bateu bonito no canto para o fundo das redes de Matheus Teixeira, que não conseguiu evitar o gol.

O América nitidamente estava mais ligado no jogo do que o Bahia. Aos 17 minutos, após bola alçada na área, Lucas Fonseca falhou e Juninho ficou com a posse de bola, soltando uma bomba para o gol e anotando o segundo do Coelho na partida. Como foi jogador do Tricolor, Juninho optou por não comemorar.

Somente o América era quem finalizava com perigo na direção do gol. Após novo cruzamento para área do Bahia, a zaga afastou mal e a bola sobrou para Felipe Azevedo, que dentro da área soltou uma bomba para o gol e exigiu que Matheus Teixeira, espalmasse a bola para escanteio e evitasse o terceiro do time mineiro.

Quase todas as finalizações que o Bahia tentava eram na maioria das vezes longe do gol do América. Com bloco de linha de defesa alta, o Coelho conseguiu dificultar ao máximo a vida de Gilberto e Rossi na partida.

Em uma das raras chegadas de qualidade ao campo de ataque, o Bahia finalmente conseguiu diminuir o marcador aos 35 minutos. Após corta de luz de Gilberto, a bola chegou aos pés de Thaciano, que tocou para Rodriguinho, o meia cortou o zagueiro e bateu rasteiro para o gol, o goleiro Cavichioli ainda tocou na bola mas não conseguiu evitar o gol. Diminuiu o Tricolor. Nova lei do ex em Pituaçu, mas o camisa 10 preferiu comemorar.

Aos 39 minutos, o Tricolor esteve perto de empatar o jogo ainda antes da ida para o intervalo. Após cruzamento de Rossi para área, a bola chegou para Rodriguinho, que bateu de primeira e foi no travessão, no rebote, Gilberto cabeceou forte para o gol e o goleiro Cavichioli fez uma linda defesa para evitar o empate. Muita elasticidade do arqueiro do time mineiro.

Nos minutos finais, o Bahia mudou um pouco a postura e cresceu na partida, mas, apesar disso, não foi o suficiente para igualar o jogo antes do apito do árbitro.

Logo aos quatro minutos da segunda etapa, o Bahia já mostrou desatenção e quase viu o América ampliar o placar no jogo. 

Aos quatro minutos de jogo, após chute do campo de defesa, Ribamar deu uma casquinha na bola, que chegou aos pés de Rodolfo, que saiu em velocidade, e cara cara com Matheus Teixeira tentou dar um cavadinha, vendo a bola passar longe do gol Tricolor. Chance incrível desperdiçada.

O Tricolor respondeu de forma bonita a chance do Coelho no jogo. Aos 15 minutos, Maycon Douglas deixou o marcador na saudade com lindo drible e bateu forte para o gol, mas parou na defesa de Cavichiolli.

Com a vantagem em campo e também por causa das medidas, claramente o América adotou a tática de se fechar, segurar o resultado, e quando tivesse oportunidade, sair em velocidade por meio do contra-ataque. Foi de uma maneira ocasional mesmo que o Coelho conseguiu ampliar o marcador.

Aos 19 minutos, Valoura cobrou falta para dentro da área e achou o zagueiro Anderson na área que testou buscando o canto do gol de Matheus Teixeira, que fez uma grande defesa, Bauermann tentou finalização com os pés e parou mais uma vez na defesa do goleiro Tricolor, mas a bola sobrou para Ribamar, que de carrinho mandou para o gol vazio.

Precisando rapidamente correr atrás do prejuízo, o Bahia partiu para o ataque aos 23 minutos. Após troca de passes, Matheus Bahia finalizou rasteiro para o gol e a bola passou muito perto do gol de Cavichiolli.

Aos 26 minutos, Tricolor mais uma vez chegou com perigo. Nino Paraíba cruzou com perfeição para área e a bola achou Maycon Douglas, completamente livre dentro da área, e o atacante cabeceou pela linha de fundo. Incrível a chance desperdiçada.

Diferentemente do Bahia, o América era uma equipe muito organizada defensivamente e ofensivamente. A maioria dos ataques tinham algum fundamento. Aos 27 minutos, Juninho Valoura recuperou a bola no campo de defesa e saiu em disparada em contra-ataque, com muito espaço na defesa, ele tocou para o xará Juninho, que dominou e chutou rasteiro no canto, marcando o quarto dos mineiros na partida. Goleada em Pituaçu.

A noite Tricolor estava realmente tenebrosa. Aos 34 minutos, Thonny Anderson fez grande jogada individual, tocou para Óscar Ruíz, que sem goleiro bateu para o gol, mas o zagueiro Anderson conseguiu evitar que a bola fosse para o gol. Incrível a oportunidade desperdiçada pelo meia tricolor.

Aos 39 minutos, o América ainda teve a chance de fechar a conta na partida. Bruno Nazário fez belo lançamento em profundidade para Juninho. O volante ganhou da defesa e bateu na saída de Matheus Teixeira, mas viu a bola sair com muito perigo pela linha de fundo. Quase o quinto.

Já no apagar das luzes e nos acréscimos o Bahia deu uma ponta de esperança para o torcedor Tricolor. Aos 47 minutos, após boa jogada de Nino Paraíba, a bola cruzada na área achou Gilberto, que testou firme para o fundo das redes do América. 4 a 2 na partida.

Aos 48 minutos, o Bahia ainda conseguiu anotar mais um gol na partida. Após novo cruzamento de Nino para dentro da área, a zaga do América afastou mal e a bola sobrou mais uma vez para Gilberto, que bateu forte para o gol, a bola desviou na defesa e foi para as redes do Coelho. 4 a 3. Porém, apesar do empenho no fim, não foi o suficiente para conseguir empatar o placar até o apito final do árbitro.

Análise do Bahia na partida

O ano é 2021, mas a atuação do Bahia lembrou e muito a equipe de 2020. Um time espaçado, extremamente frágil defensivamente, lento na marcação e sem qualquer tipo de criatividade par criar jogadas. Uma atuação realmente para se esquecer, e sem dúvida alguma a pior na temporada. Porém, não dá para dizer que seja surpreendente.

Não é de hoje que o Bahia tem tido atuações preocupantes e que foram muitas vezes disfarçadas por resultados positivos. Essa derrota hoje, da maneira mais dura possível, dá um choque de realidade no torcedor tricolor. O time é muito fraco, desorganizado, principalmente defensivamente e muito pobre de jogadas. Quando pegasse um time organizado, com linha de marcação alta e fechado, era nítido que o Tricolor iria sofrer, tá aí o resultado.

Não tem para onde fugir. Esse time carece de muitos reforços, e caso não sejam contratados, a equipe vai sofrer até o fim do campeonato com o fantasma do rebaixamento frequentemente batendo na porta. O passeio sofrido no jogo de hoje mostrou isso. A hora de mudanças é agora, o mais cedo possível.