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Bahia Pesca inicia coleta de peixes e mariscos para identificar possível contaminação

A companhia estima que aproximadamente 16 mil pescadores foram afetados

Por Da Redação
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Bahia Pesca inicia coleta de peixes e mariscos para identificar possível contaminação

Foto: ONU/Martine Perret

A Bahia Pesca está avaliando desde o início do mês, os impactos relacionados a pesca e os trabalhadores, do derramamento de óleo que atinge o estado. A companhia estima que aproximadamente 16 mil pescadores foram afetados, de forma direta ou indireta, pelo derramamento de óleo na região que abrange Salvador, Itaparica, Vera Cruz e praias do Litoral Norte, até a divisa com Sergipe.

O pescador Paulo Brito trabalha na colônia do bairro do Rio Vermelho e afirma não ter percebido alguma alteração na qualidade dos peixes. "Já chegou mas já tiraram (as manchas de óleo). Chegou na semana passada. Os peixes chegaram normal, como estão hoje". Já Noberto de Souza lamentou a situação. "No alto mar nunca vi (peixes cobertos de óleo). As vezes quando acontece beira de praia sim, no alto mar não acontece. Porque o peixe que a gente pega é fundo", conta o pescador.  

Os impactos diretos se referem a presença do óleo na área de pesca, impedindo a atividade pesqueira. O impacto indireto reflete na diminuição do volume de vendas do pescado, já que os consumidores se tornam mais cautelosos nas cidades atingidas pelo óleo.

Ainda nesta semana, o presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira, e o secretário de Agricultura, Lucas Costa, se reuniram com diferentes lideranças pesqueiras das comunidades atingidas para discutir maneiras de minimizar os impactos do desastre ambiental.

Análise da segurança do consumo

Uma das ações definidas é a coleta de peixes e mariscos para análise laboratorial e envio de relatório à Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia, que determinará se o pescado é próprio para consumo ou se está contaminado.

A coleta é feita em quatro etapas. Na primeira, os técnicos da Bahia Pesca identificam as áreas afetadas pelo derramamento de petróleo. Logo após, visitam as comunidades pesqueiras impactadas com o óleo. Ambas as etapas ainda seguem em andamento, já que as novas manchas de óleo permanecem chegando ao estado. Entretanto, já foram visitadas áreas de pesca dos municípios de Conde, Esplanada, Entre Rios, Mata de São João, Camaçari e Lauro de Freitas.

A terceira etapa é a coleta dos indivíduos e entrega a um laboratório para que seja realizada a análise da segurança do consumo do pescado. Essa etapa já está em andamento e deve ser encerrada até a próxima sexta-feira (1). Serão coletados aproximadamente 200 indivíduos em seis regiões do estado, como Jandaíra (rio Real), Conde (no rio Itapicuru), Entre Rios (rio Subaúma e rio Sauípe), Camaçari (rio Jacuípe), Lauro de Freitas (rio Joanes), Itapuã (no mar) e Santiago do Iguape (área de controle). Esta última não foi atingida pelo óleo.

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