Bahia registra crescimento no número de casos de feminicídio comparado com 2019

Estado ainda carrega marca de ser o terceiro com mais casos de mortes contra mulheres

[Bahia registra crescimento no número de casos de feminicídio comparado com 2019]

FOTO: Reprodução

A Bahia registrou um crescimento no número de casos de feminicídos nos seis meses iniciais de 2020, comparado com o mesmo período de 2019, de acordo com dados do Monitor da Violência divulgados nesta terça-feira (16).

Em abril deste ano, o Monitor da Violência já havia divulgado que o estado registrou a maior quantidade de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) nos dois meses iniciais de 2020. Estão inclusos no CVLI, homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.

Segundo o monitor, ocorreram 57 feminicídios no semestre inicial de 2020. No mesmo período do ano passado, foram somadas 48 mortes.

De acordo com os dados de 2020, a Bahia foi o terceiro estado que mais acumulou casos de feminicídios, com 57 ocorrências, atrás de São Paulo, que teve 88 e Minas Gerais, com 61.

Mulheres negras são as principais vítimas 

Mais de um terço dos 26 estados e Distrito Federal não divulga a raça das mulheres vítimas de violência. Desta forma, considerando apenas as informações que foram disponibilizados de forma completa, cerca de 75% das mulheres foram assassinadas no primeiro semestre deste ano são negras. Esse número diminui para quase 50%, quando são vítimas de agressões cometidas por companheiros ou estupros. O levantamento foi realizado pelo G1. 

Para realizar a pesquisa, o G1 solicitou as informações de raças de todas as mulheres que foram vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídio), lesão corporal (violência doméstica), estupro e estupro de vulnerável no primeiro semestre de 2020. 

De acordo com os dados obtidos, dos 889 homicídios com a raça informada, 650 (73%) foram cometidos contra mulheres negras. Já em casos de feminicídios, as mulheres negras representam 60%, o que equivale a 1898 dos 333 crimes em que a raça está disponível. 

Em casos de lesão corporal, as negras são 51% das vítimas em que a raça é informada. Já sobre o estupro, o número de vítimas negras é 52% (1.814 de 3.472 registros).
 


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