Barril dobrado, oxente, decente, retada, zuada, aperto de mente... O vocabulário baiano é cheio de expressões que só fazem sentido para quem é nascido por aqui, ou já convive com os baianos a muito tempo. Este dialeto próprio, chamado carinhosamente de "baianês", já é uma característica forte, marca da identidade local. 

E toda essa originalidade na maneira de falar vira inspiração para muita gente que busca fazer moda com identificação regional. Diversas marcas baianas, sobretudo soteropolitanas, abusam desse dialeto para criar estampas irreverentes, que se relacionam diretamente com o público. 

A Souldila é uma delas. A marca já existe a 11 anos e desde o início busca traduzir a alma do baiano em suas criações. Além das expressões bem humoradas do baianês, a marca também se inspira no estilo de vida praiano e no eterno verão da Bahia. As t-shirts são o carro-chefe da marca, mas as coleções também possuem roupas para prática de esportes, beachwear e outros. 

Já a Euzaria está no mercado desde 2015 tendo como filosofia a ajuda à comunidade local. Para cada peça vendida, a marca financia um dia de aula para jovens em vulnerabilidade social, apoiados pelo Instituto Aliança. Nas criações, a Euzaria destaca o sentimento de pertencer à cultura baiana e as vibrações positivas, apostando em valores como amor ao próximo, solidariedade e alegria como filosofia. 

A Salve Terra nasceu em 2012, trazendo desde o início a forte identificação com seus clientes. O baianês é protagonista nas estampas, que trazem as mais diversas referências ao vocabulário local. A t-shirt "Eu sou eu e licuri é coco pequeno" certamente não faria nenhum sentido para uma pessoa que não entende o dialeto! Para quem não está familiarizado, a expressão é uma espécie de sinônimo do dito "sou mais eu", e é usada quando alguém quer exaltar as suas próprias qualidades. Botou fé?!