Bancos podem ser obrigados a reservar R$ 7 bilhões por eventual risco de calote das Americanas
Rede varejista enfrenta crise financeira após descobrir rombo de R$ 20 bilhões
A crise financeira das Lojas Americanas pode obrigar os bancos a reservar em balanço ao menos R$ 7 bilhões para sustentar um eventual risco de calote da varejista. De acordo com executivos do mercado financeiro ouvidos po Estadão, as instituições com maiores quantias em empréstimos concedidos à rede são, em ordem, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil.
O valor que cada banco emprestou varia de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. A informação é do Broadcast do Estadão. As instituições não informam os valores detalhados por respeito ao sigilo bancário.
Pela lei, estes bancos são obrigados a reservar uma parte do dinheiro que possui para cobrir o risco de devedores que indicam um possível calote, processo que é chamado de provisionamento.
A crise na varejista foi revelada na semana passada, depois que a empresa identificou a existência de uma “inconsistência contábil” de R$ 20 bilhões.