Barroso garante que haverá voto impresso nas eleições "se o Congresso decidir que deve ter e o Supremo validar"
Presidente do TSE esteve presente na Câmara nesta quarta (9) para debater as PECs sobre o tema

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso afirmou nesta quarta-feira (9) que, se o Congresso aprovar e o Supremo Tribunal Federal (STF) validar a proposta de emenda à Constituição, "vai ter voto impresso".
"Se o Congresso decidir que deve ter voto impresso e o Supremo validar, vai ter voto impresso. Mas vai piorar. A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes", afirmou o ministro, que participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre as propostas de emenda à Constituição sobre o assunto.
Em sua fala inicial, o presidente do TSE ressaltou o custo que a impressão dos votos acarretaria aos cofres públicos seria elevado em cerca de R$ 2 bilhões, e lembrou que a falta de recursos impediu, recentemente, que as Forças Armadas ajudassem em uma operação determinada por ele para proteger comunidades indígenas e garimpeiros.
"Não há risco de não se cumprir decisão do Congresso Nacional. Torço para que ela não venha, mas se vier, nós cumpriremos, mas é preciso ressaltar que não é fácil.", disse Barroso. O ministro ainda defendeu o atual sistema de votação e rechaçou riscos de ataques hackers às urnas por não serem conectadas em rede.
O presidente do TSE também observou que o atual sistema já é fiscalizado pelos partidos, OAB, Ministério Público e Polícia Federal. "Ele foi implantado em 1996 e nunca se documentou sequer um caso de fraude desde então. E provavelmente esse seja o melhor lugar para uma aferição empírica disso.", lembrou.


