Bento Albuquerque estima nova alta nos combustíveis com inverno no hemisfério norte

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, manifestou uma preocupação com a possibilidade de desabastecimento de combustíveis e estimou um novo aumento no preço do petróleo, que já subiu cerca de 60% neste ano. O petróleo e a valorização do dólar em relação ao real tem sido a principal consequência para o aumento nos preços de combustíveis no país.

Na audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal, Albuquerque afirmou que a importação dos combustíveis leva cerca de 90 dias. “Temos de ter preocupação grande com desabastecimento. Mudar qualquer coisa, tem que ser com critério, transparência e governança. Todos estamos trabalhando nisso para que a gente possa dar uma resposta à sociedade, e tenho certeza que vai ocorrer”, declarou.

De acordo com o ministro, o Brasil aumentou sua produção de petróleo neste ano, no entanto, o mesmo não ocorreu com outros países, o que, segundo ele, causa uma "crise de oferta e demanda". "Preços dos combustíveis. O que ocorreu? Por que houve aumento? Principalmente pela alta do petróleo, 60% só em 2021, e com tendência, com a chegada do inverno no hemisfério norte, de subir um pouco mais", declarou Albuquerque.

“O preço [do barril de petróleo] saiu de US$ 66, em janeiro de 2020, e o valor subiu, hoje está em US$ 84. E se formos ver a desvalorização cambial, o dólar saiu de R$ 4 em janeiro de 2020 e hoje está em R$ 5,55. isso tudo leva a aumento nos preços dos combustíveis", acrescentou.

Albuquerque pontuou também que o governo já estuda outras medidas para impedir uma maior alta dos combustíveis, a exemplo do "colchão tributário", que pudesse ser aplicado "quando houvesse volatilidade muito grande [alta de preços]".