Bento XVI solicitou que seus escritos particulares sejam destruídos
A declaração foi dada por Georg Gänswein, secretário pessoal do Papa

Foto: Reprodução/ Vatican
O papa emérito Bento XVI, que faleceu no sábado (31) aos 95 anos, pediu ao seu secretário pessoal, dom Georg Gänswein, que destruísse “sem exceção” seus escritos particulares, como este último mesmo relatou em seu próximo livro.
Gänswein publicará o livro “Nada mais que a verdade” na próxima semana para responder “às calúnias e manobras obscuras” que, segundo ele, tentaram “em vão” lançar uma sombra sobre o legado do pontífice, que morreu no mosteiro do Vaticano onde passou a última década de sua vida após sua histórica renúncia ao pontificado em 2013. Em suas páginas, o monsenhor alemão criticou Francisco, o atual papa e sucessor de Bento XVI, por algumas de suas decisões, como, por exemplo, pôr fim às missas em latim, algo altamente criticado pelos setores mais conservadores da Igreja Católica.
Ele também contou que, de um dia para o outro, Francisco lhe confiou a tarefa de cuidar de Ratzinger em seu retiro no mosteiro Mater Ecclesiae. E confirmou e lamentou no livro a existência de correntes ou “torcidas” dentro do Vaticano.
Na última década, a coexistência de dois papas, um reinante e outro emérito, deu origem a duas correntes, e a ala mais conservadora tem recorrido frequentemente ao legado de Bento XVI para atacar Francisco, embora ambos sempre tenham expressado respeito mútuo.


