Biden não terá política externa "agressiva" com o Brasil, garante Departamento de Estado dos EUA
Segundo porta-voz, apesar das divergências, EUA vê o Brasil como forte aliado

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Apesar das possíveis desavenças entre o atual presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Kristina Rosales, acredita que Biden não vai ter uma política externa "agressiva" com o Brasil. Em entrevista à BBC News Brasil, Rosales disse que mesmo que os governos não tenham as mesmas prioridades, os EUA vê o Brasil como um forte aliado.
"Não é uma política externa agressiva, uma em que você vai sair agredindo seus aliados ou os países que não têm a mesma prioridade ou que não pensam da mesma forma. E o Brasil é nosso aliado, em uma parceria bem forte, e vai continuar sendo assim, com uma amizade bem firme", declarou a diplomata americana.
Depois de três semanas após o início da gestão de Biden, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, se reuniu com o secretário de Estado americano Tony Blinken para discutir ações do governo dos dois países.
A porta-voz também disse que os EUA vai manter a prioridade em reduzir a influência da China na América Latina, especialmente em relação a internet 5G. Além disso, outras pautas defendidas por Biden, como migração e proteção das minorias, como a comunidade LGBT, também será priorizada.
"A questão da China é um tema que a gente vai continuar tratando, seja a influência chinesa na região, seja o tema do 5G no Brasil, isso vai continuar sendo um tema importante, não só para a política externa, mas para a nossa política doméstica, para a prosperidade dos Estados Unidos e da região. E por último, a área dos direitos humanos. Isso está em foco, o tema da migração, dos refugiados, de minorias, como a comunidade LGBT", completou.