'Boa química' entre Lula e Trump ajuda negociação de tarifas dos EUA, diz Alckmin

A declaração vem um dia após Trump afirmar na Assembleia-Geral da ONU que teve uma "excelente química" com Lula

Por FolhaPress
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'Boa química' entre Lula e Trump ajuda negociação de tarifas dos EUA, diz Alckmin

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (24) que a "boa química" entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump vai ajudar a resolver o tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra o Brasil.

"Fui professor de cursinho de química orgânica, [e] ontem [terça-feira], nos Estados Unidos, [teve] uma boa química entre os presidentes", disse Alckmin, em tom bem-humorado, durante discurso em evento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio.

"Vai ajudar a buscarmos a melhor solução para resolver um tarifaço que não se justifica", acrescentou.

A declaração vem um dia após Trump afirmar na Assembleia-Geral da ONU que teve uma "excelente química" com Lula. Há previsão de um novo encontro entre os presidentes em breve.

"A boa química entre as pessoas ajuda o fortalecimento das relações entre os países também. Estamos otimistas", disse Alckmin em entrevista após o evento do BNDES. "O caminho é do diálogo e da negociação."

Alckmin foi questionado por jornalistas sobre o dia da possível reunião de Lula e Trump, mas não entrou em detalhes. "Não tenho essa informação."

O presidente em exercício declarou que há espaço para tratativas tanto em questões tarifárias como não tarifárias, incluindo oportunidades de investimento no Brasil.
"O Brasil tem energia abundante, coisa que não é comum. Tem energia renovável, universidades, tecnologia, indústria de ponta. Tem tudo para atrair data centers", disse.

Alckmin ocupa o cargo de presidente em exercício durante a viagem de Lula aos Estados Unidos. O petista teve um encontro com representantes do TikTok em Nova York, às margens da Assembleia das Nações Unidas.

Alckmin foi perguntado se o Brasil poderia flexibilizar a regulamentação das plataformas digitais nas negociações com os Estados Unidos, mas ele não confirmou nenhuma medida nesse sentido.

"O mundo inteiro discute hoje a regulação, como você conciliar liberdade de expressão e, de outro lado, como você proteger, por exemplo, a questão das crianças, de prostituição infantil, de pedofilia. É preciso ter responsabilidade", afirmou.

"Acredito muito no diálogo. Temos 201 anos de amizade entre Brasil e Estados Unidos. São as duas maiores economias das Américas. As duas maiores democracias das Américas. Acho que vai ser aí um caminho importante", completou.

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