Bolsonaro afirma que vetará quarentena eleitoral para categorias
Presidente afirma que situação é "absurda"

Foto: Ascom PR
Durante transmissão ao vivo, na noite desta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que irá vetar emenda que exige quarentena para algumas categorias profissionais, como juízes e militares, de concorrerem às eleições. Segundo o presidente, proposta é "absurda".
A medida ainda será analisada pelo Senado Federal e, caso seja aprovada, segue para sanção presidencial. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados ontem (15), com 273 votos a favor, 211 contra e três abstenções.
Bolsonaro afirmou que acredita que o texto não será aprovado pelos senadores. Mas, caso contrário, ele vetará. “Obviamente, se passar no Senado – acho que não passa – a gente veta. E a última palavra, volta para o Congresso Nacional, [para os parlamentares decidirem] se derruba ou mantêm o veto”, disse.
Além disso, Bolsonaro citou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como exemplo de quem pode se candidatar, enquanto militares da reserva não poderiam.
“É um absurdo isso aqui. Vai para o Senado. Eu espero que o Senado não aprove isso aqui. O cara sai da cadeia e pode se candidatar. E você, militar da ativa, não pode ser vereador. Isso não tem cabimento”, disse.
A medida prevê que servidores de estado como militares, membros do Ministério Público e policiais, devem ficar quatro anos em quarentena antes de disputar um cargo público. Com validade a partir de 2026, as categorias profissionais ficam livres para concorrer as eleições de 2022.
Para que as novas leis entrem em vigor até as eleições de 2022, o projeto precisaria ser aprovado pelo Legislativo até o dia 2 de outubro, um ano antes do pleito.