Bolsonaro diz que Maia deixou "caducar" MP que poderia reduzir queimadas no Brasil
Segundo o presidente, a não aprovação da medida dificultou a punição dos responsáveis pelas queimadas

Foto: Divulgação | Flickr | PR
O presidente Jair Bolsonaro voltou a responsabilizar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Dessa vez, Bolsonaro afirmou que a incidência de queimadas no Brasil em 2020 se deu pelo fato de Maia não ter aprovado a Medida Provisória (MP) da Regularização Fundiária, que concede a regularização de imóveis rurais em áreas na região sul do país, como na Amazônia Legal. A declaração foi feita durante a live semanal dele no Facebook.
Segundo Bolsonaro, caso a medida tivesse sido aprovada, os responsáveis pelas queimadas poderiam ser identificados pelo Cadastro de Pessoa Física (CPF) e poderiam ser punidos.
"Todo mundo quer preservar o meio ambiente. Mas, o que acontece: tem seis mil focos na região Norte do Brasil. Se nós tivéssemos aprovado a Medida Provisória [MP] da Regularização Fundiária, cada foco daquele seria ligado a um CPF (Cadastro de Pessoa Física). Podia ser o CPF do Tarcísio [ministro da Infraestrutura]. "Tarcísio, essa fazenda é tua. Por que tá pegando fogo?" E você vai responder, pô. Mas o presidente da Câmara, seu Rodrigo Maia, deixou caducar a Medida Provisória. Dão porrada em mim porque está pegando fogo em alguns locais", argumentou o presidente. [assista abaixo]
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até outubro deste ano, o Brasil registrou quase 90 milhões de focos de incêndio na Amazônia, número acima dos 89.176 registrados em 2019.