Bolsonaro diz que "todos têm que contribuir com alguma coisa" na Previdência

Presidente acredita que Reforma ainda pode ser melhorada no Parlamento

Por Juliana Dias
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Bolsonaro diz que "todos têm que contribuir com alguma coisa" na Previdência

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta (5) que a reforma da Previdência ainda pode ser melhorada no Parlamento e disse esperar a aprovação do texto na próxima semana no Plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da República, as conversas continuam com a área econômica do governo e com as lideranças partidárias. "Quem quiser conversar de forma civilizada, estamos dispostos. Termos certeza que podemos corrigir possíveis equívocos que ocorreram até o momento", falou. 

Ele ainda colocou que uma "boa previdência" não comete injustiça com quem quer que seja" e continuou: "Reconhecemos as especificidades de diversas carreiras, mas todos têm que contribuir com alguma coisa", frisou.

Bolsonaro lembrou que ainda há uma longa tramitação no Congresso, uma vez que depois de passar por duas votações no Plenário da Câmara, o texto ainda tem que ser analisado pelo Senado Federal. Sobre os prazos para aprovação, Bolsonaro brincou: "O parto tem que ser em nove meses e normal".

Bolsonaro, que teve diversos atritos com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) no primeiro semestre, afirmou que os dois mantêm conversas normais e destacou a dedicação de Maia pela aprovação. Por sua vez, Maia confirmou pelas redes que deve se reunir neste sábado (6) com líderes e deputados para alinhar estratégias na intenção de aprovar a reforma. "O Brasil não pode esperar para retomar o caminho do crescimento econômico, e a reforma da Previdência é um grande passo", registrou.

Entidades definem texto como injusto

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT) e a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM) divulgaram nesta sexta (5), uma nota pública na qual caracterizam como discriminatório e injusto o texto da reforma, aprovado nesta quinta pela Comissão Especial da Câmara.

Segundo as entidades, a reforma pretendida acarreta sacrifício desmedido aos beneficiários do regime geral da previdência social (INSS) e também àqueles que compõem as carreiras públicas civis federais, em situação de diferenciação e, portanto, de injustiça de tratamento em relação às regras aplicáveis aos servidores civis estaduais e municipais e também aos militares.
 

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