O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou nesta quarta-feira (26), a relação do ex-presidente Michel Temer (MDB) com o presidente Jair Bolsonaro e citou uma possível "coligação" de Temer para manter a popularidade e autonomia do presidente no Congresso. Atualmente, existem mais de 40 pedidos contra o presidente já apresentados na Câmara. A declaração do governador foi feita nesta quarta (26), durante entrevista na rádio Bandeirantes ao apresentador Datena.

Na fala, o governador falou sobre uma suposta articulação do ex-presidente Michel Temer (MDB), definido como "grande articulista", para tentar impedir uma possível aprovação de impeachment.

"A impressão que fica é que o ex-presidente Temer foi chamado para fazer uma operação grande de articulação para dar sustentabilidade ao presidente em caso de tentativa de impeachment ou de obstrução do presidente no Congresso. Parece que o Temer virou aquela figura nos bastidores que é o grande articulador do Bolsonaro", afirmou Rui.

Durante a entrevista, Rui Costa voltou a criticou a atuação de Bolsonaro no Nordeste e, sobre uma possível disputa de eleitorado na Bahia, ele disse que está ansioso para o momento já que Bolsonaro "só veio inaugurar obra que a Dilma ou o Lula iniciaram".

"Talvez com isso ele venha fazer algum investimento no Nordeste porque até agora ele só veio inaugurar obra que a Dilma ou o Lula iniciaram. Por exemplo: ele esteve aqui na Bahia na última visita em Campo Alegre de Lourdes, cidade no norte do Estado, pra inaugurar uma obra que eu já tinha inaugurado em 2018, antes dele ser eleito presidente da República. Então eu tô ansioso pra que ele faça algum investimento na Bahia, no Nordeste, pra poder apresentar ao povo nordestino", ironizou.

Rui Costa também completou dizendo: "Até agora o que ele fez de aceno foi cancelar obras, cancelar Bolsa Família - que nós revertemos na Justiça- e espero que ele venha disputar o eleitorado no Nordeste e traga investimentos, na construção de casas, abastecimento de água, porque até agora ele só veio inaugurar obra ou da Dilma ou do Lula que já tinha concluído".