Uma pesquisa feita pela empresa Paramount Global e obtida com exclusividade pela CNN analisou a representatividade no audiovisual. No Brasil, os resultados mostraram que, apesar dos avanços, a indústria ainda tem muito o que prestar atenção: 23% das pessoas negras sentem que são retratadas como criminosas e 24% como perigosas.

Em todo o mundo, 18% das pessoas negras sentem que são retratadas como criminosas e 16%, como perigosas. A má representação não para por aí: entre pessoas do Oriente Médio e Árabes, 20% acreditam que são representados como criminosas e 17% como perigosas.

Membros da comunidade LGBTQIA+ e pessoas com deficiência também denunciaram incômodo em como são retratadas. De acordo com a pesquisa, quase 40% das pessoas com deficiência física dizem que não veem as pessoas com corpos como os seus nas telas dos cinemas ou na televisão.

Ao todo, 52% das pessoas ouvidas no levantamento se sentem mal representadas no universo cinematográfico. Essa má retratação costuma ter efeitos diretos e indiretos na saúde mental das pessoas: 41% afirmam ter sua autoestima e confiança impactadas e quase 60% dizem que isso os faz sentir sem importância, ignorados ou decepcionados.

O levantamento foi feito com 15.387 pessoas no mundo todo, com idades entre 13 e 49 anos e moradoras de 15 países (Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Alemanha, Itália, Malásia, México, Holanda, Nigéria, Polônia, Cingapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos).