Brasil aumenta quantidade de urânio enriquecido para alimentar usinas nucleares
País é dono da sétima maior reserva do metal no mundo

Foto: Reprodução/Banco de Imagens
O Brasil aumenta, a partir desta sexta-feira (26), a quantidade de urânio enriquecido a fim de alimentar as usinas de Angra 1 e 2, do parque nuclear brasileiro. O país é dono da sétima maior reserva mundial do metal, segundo a Associação Nuclear Mundial (AMB).
A ampliação acontece junto a inauguração da nona cascata de ultracentrífugas da Fábrica Nacional de Combustíveis, das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB). Para a abertura da cascata, foram investidos R$ 54 milhões.
Com a nona cascata, o Brasil poderá atender a 65% da demanda das recargas das duas usinas por ano. Até 2037, o governo espera que o país tenha produção para ser autossuficiente.
Além disso, a previsão é de que, com o aumento da produção própria, o país passe a reduzir a quantidade de importações vindas da Europa do metal enriquecido.
“Estamos caminhando em direção à autossuficiência. Além de dominar o processo e de ter uma tecnologia própria para enriquecimento de urânio, o Brasil tem grandes reservas que o colocam em uma posição privilegiada para o uso da energia nuclear", afirmou o ex-presidente da Eletrobras e professor emérito do curso de Engenharia Nuclear da UFRJ, Luiz Pinguielli Rosa.